domingo, 7 de março de 2010

Quatro e dezesseis

Quatro e quinze da manhã, madrugada de sábado para domingo. Eu, sem horário para acordar, estava mergulhado em um sono maravilhoso. Sono que foi interrompido, um minuto mais tarde, pelo celular tocando. Ele estava ao lado de minha cama, em cima de um livro de psicologia, e fez barulho suficiente para que eu acordasse.
Logo pensei, ninguém me liga, nem durante o dia. Pois então quem estaria me ligando as quatro e dezesseis da manhã? Enfim, estava com muito sono para me questionar tanto, simplesmente atendi o celular com uma voz bem grave, típica de quando eu acabo de acordar.
-Alô?
-Oi! Esse é o telefone do guincho? - Perguntou o rapaz do outro lado da linha. E eu, já sabendo do engano, respondi:
-Não, esse é um telefone particular.
-Ah, desculpe, amigo. Obrigado. - Respondeu o rapaz.
Eu não tive forças para respondê-lo, então apenas desliguei o celular. Respirei fundo. Quando estava começando a pensar em reclamar de ter recebido uma ligação por engano as quatro da manhã, pensei: "Bom, eu acordei as quatro recebendo uma ligação por engano, mas pelo menos não estou na rua, tentando ligar para o guincho e ainda por cima com o número errado".
É, as coisas não estavam tão ruins assim. Dei uma rápida alongada nas costas, deitei-me, joguei o cobertor por cima da cabeça, como de costume, e rapidamente dormi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mi infierno es su infierno!