sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Inspiração?!

Nos últimos dias havia algo que me impedia de escrever. Não sei bem ao certo o que era, talvez uma "trava" nos pensamentos; ou talvez a falta de criatividade; ou talvez eu apenas fixei psicologicamente que não iria conseguir escrever.

Mas hoje há algo que me encoraja a escrever. Não sei se é a embriaguez, bom, são essas as consequências que alguns cálices de vinho traz. Talvez seja a música que me inspira. Claro, vai me dizer que as palavras que Gordon Downie diz não são inspiradoras!? Ora, não é todo dia que vemos algum idiota que escreve coisas como: "(...)então nós podemos nos sentar e apreciar nossas ilusões e nossa quietude. Bom, eu não sei, mas por que devemos ser do modo que não deveríamos? Quando você pode gritar e esperar por uma palavra do além e se transformar em algo que você ama(...)". Não sei, pode ser também aquela merda daquela aranha que está na parede a me encarar faz alguns minutos. Só de pensar que uma picada dela pode me levar a morte já me deixa com vontade suficiente de levantar e ataca-la com meu chinelo de borracha, mesmo sendo isso uma injustiça.
Já são dois minutos para a meia-noite, isso me faz lembrar o meu passado, quando ouvia as pesadas músicas de 'heavy metal' e tinha a famosa música "two minutes to midnight". Mas hoje em dia já me sinto fraco para tamanha energia em uma só música. Estou tão ébrio que posso me lembrar de cada detalhe do meu passado, até os mais desagradáveis. Mas como todos sabem, por estar assim, o sono já está me chamando. Talvez ao subir as escadas e encontrar minha cama mal-arrumada, eu me depare com Aliócha deitado sobre ela, ao lado, quem sabe, uma vaga lembrança de Raskonikov, já que ele faz parte do meu passado. Seria bom também encontrar alguém para me dar alguns conselhos, mas tenho minhas dúvidas, não sei se eu preferiria o Padre Zóssima(o moribundo e, mais tarde, falecido ancião do mosteiro), ou o grande Messias Shimoda. Mas talvez Dostoiévski não permita que eles saiam das páginas brancas, que sujei com meus dedos esta semana. Malditas páginas! Refletem muito o sol, e não me permitem ler com clareza em ambientes muito iluminado, pois meus olhos já liberam algumas lágrimas. Talvez Bach(não o compositor) também não permita que o Mestre Shimoda se apresente a mim. Aquele livro já nem está mais comigo, e as páginas já se tornaram frágeis e amarelas, graças a alguns anos preso naquele sebo empoeirado. Bach também diria que "o Messias está dentro de mim mesmo". Ou não! Tudo depende se interpretei corretamente aquelas belas Ilusões.

Permita-me citar mais uma vez Gord Downie. Essas palavras são tão melancólicas e difíceis de interpretar, que nem eu interpretei corretamente, mas a melancolia faz eu gostar delas."Nós dissemos que seriamos amigos ou morreríamos, e nós morremos mil vezes desde aquilo". Ou talvez aquelas palavras no fim da música. Ah, como isso me deixa empolgado! "Nós estamos no ponto em que amamos ou odiamos, nós podemos escrever e eliminar isto. Quando nós estamos no ponto em que nem amamos e nem odiamos, nós podemos nos deitar e eliminar isto."

Enfim, acho que os 37 minutos que passaram durante essa escrita foram totalmente inúteis. Fui interrompido por alguns "toques" em meu celular e também enviei os meu "toques", e garanto que essa interrupção foi muito melhor do que qualquer coisa que eu escrevi aqui.

Mas já que está aqui, está aqui.
O que foi escrito, foi escrito.
O que não foi apagado, não foi apagado.
E o que é pra ser lido, eu espero que leiam.

(Ah, essa tosse que faz malditas gotículas de saliva se arremessarem contra esse antigo monitor me irrita!)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

AS VIDAS PRECISAM SER ENCURTADAS AGORA!!!

Temos muito tempo!
Temos tempo para estudar, trabalhar, criar problemas, resolver estes, e criar novos problemas maiores que os antigos.

UMA vida. Parece pouco?!
Sim, alguns dizem que é pouco, porém digo que é muito!
Muito tempo que jogamos fora.

Temos tempo demais para tentar ganhar dinheiro.
Justificamos dizendo que após obter certa quantia iremos parar e aproveitar a vida.
TARDE DEMAIS!
Estaremos MORTOS...O próprio dinheiro nos matou.

Se tivessemos pouco tempo, ou se não tivessemos tempo algum...
...não teriamos que buscar o lucro;
...não teriamos que trabalhar, estudar;
...apenas teriamos que aproveitar.

...apenas teriamos que VIVER!

Realmente,
AS VIDAS PRECISAM SER ENCURTADAS AGORA!!!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Para-Quedas

-Mamãe, eu quero voar!!
-Oh filho!Você não pode...
-Mas porque não mamãe?Eu vi um passarinho lá fora voando!
-Mas é que ele tem asas, querido.
-Mas eu tenho braço!Se eles podem eu também posso!Eu querooo![Indignação]
-Filho, você tem que entender que passarinhos podem fazer coisas que você não pode, e você pode fazer muitas coisas que eles não podem e provavelmente querem fazer.
-Ahh, mas eu não queria fazer tudo que eles fazem, só queria voar...E bem o que eu quero eu não possoooo!!!
-Calma, filho.Existem muitas coisas na vida que você vai querer fazer ou ter, e poucas delas você vai poder.
-Mas mamãe, se a gente não pode fazer, porque a gente quer?A gente deveria ter tudo que a gente quer fazer!!Eu quero voaaar!!!
-Querido, é assim mesmo.Você tem que se acostumar com isso.
-Mas mãe, será que não podemos criar algum jeito pra gente poder fazer o que não pode?
-Claro que sim, filho.No caso de voar, criaram o avião!
-Mas eu não quero voar de avião, eu queria fazer que nem o passarinho faz.
-Ah filho, isso vai ser difícil.Você é um garoto, não um passarinho!
-É, eu sei mãe...
-Mas um dia eu te levo pra pular de para-quedas.
aspirador
aspira a dor
aspirina...
inspira
respira
raciocina
esqueço a minha sina
e curo a dor...
...que me
assassina.

sábado, 17 de novembro de 2007

Mais amargo que o café

Quando digo que gosto de café,
alguns me dizem:
-Ah!Que nojo!É tão amargo!!
.
O café não é tão amargo quanto a
vida!
Porém, ao dizer que gosto da
vida, ninguém
jamais me disse que esta é nojenta.
.
Como essas pessoas não vêem
amargura...
Numa vida tão
injusta?­­
Num mundo onde a maioria
sofre?
Num mundo onde o tempo nos
controla?
Num mundo onde o dinheiro
proporciona mais prazer do que alguns minutos sob o céu avermelhado, assistindo
ao por-do-sol e apreciando um café...
.
Provavelmente foram essas amargas
pessoas que deixaram nosso mundo assim...
...Mais amargo que o
café!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Falta de tempo...

Não tenho muito tempo ultimamente...
Há tantas coisas que gostaria de fazer, porém tudo continua apenas como um plano para o futuro
(próxima semana, talvez...)

Gostaria, também, de ter a chance de sair por aí, simplesmente caminhar sem um rumo específico, e sem ter aquele fino ponteiro girando em meu pulso e controlando o tempo que eu não tenho.

É um pouco estranho...

Mas enfim, não tenho muito tempo para continuar escrevendo
e você, provalvemente não tem muito tempo para continuar lendo...

[...pensando por um tempo]

No entanto,
Ainda há algo que não entendo
Será que ao pensar que não temos tempo,
o tempo não está se perdendo?

sábado, 10 de novembro de 2007

Seria tão simples se, ao escrever, nós pudessemos eliminar tudo aquilo que queremos. Não posso dizer que a escrita não ajuda nem um pouco, seria uma grande mentira, mas também não poderia dizer que ela elimina todos problemas que redigimos, seria outra grande mentira.
Mas o que eu gostaria mesmo era de poder eliminar tudo o que mais me perturba, que está aqui dentro, não sei bem aonde, mas repito, está aqui dentro sim, e não sai, apenas cutuca, agita, irrita e faz de tudo para acabar com o que há de mais perfeito na vida.
Quem sabe um dia eu descubra como me ver livre disso, se eu souber eu te conto, não se preocupe...
Mas eu queria mesmo poder eliminar isso com as palavras, utilizando cada uma para cortar um pedaço desses problemas.Mas a escrita não faz isso do modo que eu quero.
Ah, então não vou mais escrever.

domingo, 4 de novembro de 2007


O crepúsculo é a parte mais escura do dia. Sim, bem mais que as madrugadas inteiras. Talvez pela minha rabugentisse (segundo terceiros) que impede que fechem as janelas ou acendam as luzes nesse momento de troca de dia por noite.

Claridade frouxa, acompanhada de ninguém e com um som de silêncio escolhido a dedo. Perfeição. Não preciso de preocupações, o dia está indo embora. Não posso me agitar e expandir a energia, a noite ainda não chegou.

Posso pesar o que passou e planejar o que virá. O meio. O intervalo. A segunda chance.

Segundas chances... engraçadas, não?! Esperamos penosamente que outros nos dêem enquanto elas vivem nas nossas mãos. Você pode se dar uma segunda chance. É. Engraçado. Pôr a vida em tantas outras mãos até esquecer da autonomia, ou talvez nunca conhecê-la!


O crepúsculo não é engraçado. Não que seja desprovido de graça, mas é muito mais que os vícios de vida humanos. Imagino a vida daqueles que fecham as janelas antes de o Sol ir embora, aqueles que acendem as luzes e continuam a ver televisão. Deve haver um vazio em alguma parte deles, ou melhor, dois. Um abstrato que não me darei ao trabalho de explanar aqui e outro no bolso, pois as contas de luz devem ficar mais caras.

sábado, 3 de novembro de 2007

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Metabolismo de um Pré-Vestibulando

Cansaço, desgaste
..Café/Stresstabs600..
A G I T A Ç Ã O !! !! !!
AGITAÇÃO!!!!!!!!
.AGITAÇÃo!!!!!!!
..AGITAÇão!!!!!!
...AGITAção!!!!!
....AGITação!!!!
.....AGItação!!!
......AGitação!!
.......Agitação!
........agitação...

....Desanimo/Desistência...
......CAFÉ!!!!!
...uuUUULLLL!!!

..................angustia
.................angusti
................angust
...............angus
..............angu
.............ang
............an
...........a
......... .
(sono)

Poema sem fim

...tudo que tem um começo,
tem um fim.
Mas nem tudo que tem um fim,
tem um começo.

Tenho meus fins que justificam
meus meios.
Mas já justifiquei os fins em
função dos meios.

Liberdade de Verdade

Na realidade
o que eu quero de verdade
é a liberdade
da mentalidade
dessa sociedade
da cidade
que vive a idade
da infantilidade
sem felicidade.

Sem integridade,
sem intensidade,
sem velocidade.
Sem a bondade
da nossa mocidade
que agüenta a criminalidade
com muita maldade
mas sem habilidade
porém cheia de vontade.

A modernidade
exige caridade
para flexibilidade
da humanidade
que não permite mobilidade
com humildade
da marginalidade
que vive sem qualidade
e responsabilidade
convivendo com a mortalidade
sem identidade
e ausência de vaidade.

Quem tem sinceridade
tem que agir com agilidade
pra não ficar na antigüidade.
Mas para manter a sobriedade
as pessoas com pseudo intelectualidade
criaram um problema de gravidade
na nossa atualidade
o que faz a relatividade
das pessoas sem propriedade
usarem a versatilidade
e não a praticidade.

domingo, 21 de outubro de 2007

Sem vontade de ler...
...sem vontade de escrever...
...sem vontade de fazer alguma coisa...
...sem vontade de não fazer nada...
...
Apenas esperando...
...o pior...
...o amanhã...
Segunda-feira!