sábado, 28 de agosto de 2010

Eu, Marcelo Henriq...

, é, eu voltei.
Voltarei ao jeito escroto de escrever.
Voltarei a falar de angústias, desesperos e quase mortes.
Voltarei a falar merda, a mandar o que vier na cabeça, a fazer uma filosofia barata (talvez seja até de graça).
Voltarei a jogar merda na sua cara, mas farei isso sem limpar a que está na minha.
Enfim, aqui estou...

Parei por que?
Ora, o diabo sabe porque...
Passei por momentos de força nessa vida. É momentos de força existem.
Estão aí para serem vividos, mas não estão aí para durarem muito, não.
E, nada fora do normal, estou de volta a fraqueza, a merda, a este lugar.
Viram que eu cheguei até a escrever um poema! Oh, que garoto firme e determinado.
Enquanto as "Pedras da São Francisco" não saem das idéias, vamos nos contentar com aquele e com o "Café" ou "para-quedas".
(Oh, quanta expressão autêntica do ser-aí!)

Viram que a outra dona do blgo voltou a escrever?
Seja bem vinda novamente, lpgouvea!
Bem vinda a mais um momento de fraqueza!
Junte-se a mim e vamos afundar nesse subsolo!

Ai, sinto-me tão repugnante...
estava eu tão crente na descrença...
e...
(sim, não faz sentido)
voltar
acreditar
não, não é bom

Oh, existência inautêntica heideggeriana...
Oh, angústia...
Oh, quanto NADA!

E oh, oh, e oh's!

É isso aí, vamos para uma poesia(não minha), para expressar nosso ser:


Seiscentos e sessenta e seis

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Mario Quintana (1906-1994)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ao som de What are you doing the rest of your life? - Bill Evans

Ser engolido pela rotina, pelo trabalho, pelo estudo, às vezes é o melhor a se fazer. Fazer diferente de todo mundo mais, pode ser o maior egoísmo existente. Pensar em você não é pecado não.
Farra, diversão, tudo sem pensar no amanhã é uma delícia. Mas passa. Os cabelos começam a cair, aquela coisa ruim no estômago deixa de ser as tais das borboletas no estômago, pra ganhar nome de gente grande - Gastrite.
Sair de segunda a segunda, de jeito nenhum. Chega 18h e você pensa em quão maravilhoso será chegar em casa, tomar um banho relaxante, pelando, pôr o pijama e dormir.
Ainda não há crianças (e talvez nem haverá) mas há de se pôr o leite e o pão pra dentro de casa. Por mais que a crença naquela vida colorida e agitada ainda viva fervorosa no fundo da mente, a rotina se alimenta com uma fome tão grande que parece não haver um futuro não abocanhado por ela.
De repente, só se percebe que a nova semana entrou quando é domingo a noite. E mesmo depois de um sono de uma tarde inteira, a noite que antecede Segunda, sempre é curta demais. Aí já é Quarta outra vez e a noite de trabalho suga até a mínima felicidade de sua alma. Não há vontade de conversa mole, nem mesmo das boas e velhas risadas. Sem querer admitir à ninguém seu esgotamento, ao sair do banho rumo à cama, você se vê no reflexo do espelho. Você se sentencia: cansado, socialmente morto. E se pergunta, se olhando nos olhos "valerá a pena?".
Espero que sim, diz, já deitado, procurando entrar no mundo dos sonhos, tão longínquo de sua vida atual.

domingo, 15 de agosto de 2010

Está na hora!

Voltei
voltei para nunca mais voltar
é como se fosse a última última vez
é como se, para não voltar,
eu não sairei.

É o fim.
o fim daquilo que,
na verdade,
nunca teve um começo.

É o fim,
daquilo que,
para terminar bem,
foi melhor nem começar.

Hora de afundar,
de partir,
de sair,
ou voltar.

Hora de nascer,
viver,
temer,
e morrer.

Crescer:
como se não houvesse limites.
Amar:
apenas a si mesmo.

e,
cada vez mais,
cada vez
viver mais.

Viver:
Viver não precisa de explicações.

sábado, 7 de agosto de 2010

Blues On The Westside

Ora, ora, nada melhor do que escrever semi-alcoolizado sem nenhuma idéia em mente ouvindo uma música boa!
Tentarei não ser agressivo e nem brigar com vocês, meus leitores, hoje!
Motivo? Sim, eu tenho!
Eu descobri que sou feliz!
"Ora, que bêbado!" - Você diz.
Não, não é porque estou semi-bêbado! Já havia pensado em escrever isso uns dias atrás, sem uma gosta de álcool no sangue!
Naquele momento eu estava no meu quarto, luz baixa, ouvindo Blues On The Westside na versão da banda chilena Aguaturbia e tinha chegado a conclusão de que Blues era a melhor coisa que existe depois de mulher e fenomenologia!
Pensei em escrever isso no twitter e etc., mas fiquei pensando melhor e deu merda. Na verdade eu considerava a música em geral, e não apenas o blues. Mas como blues dá um feeling a mais e hoje eu não estou nem aí com que eu realmente penso, então que assim fique: Blues é a melhor coisa que existe depois de mulher e fenomenologia!

Preciso explicar? Ora, mulher, por que mulher... Porque eu sou homem! Seria meio estranho se não considerasse.
Mas quero deixar claro: Eu digo mulher, e não "atitudes de mulheres". Ah, muitos sabem do que eu estou falando... Ahh, bicho do diabo!!!!!!!!!
Deixe quieto, não é necessário me desgastar falando nisso. Sem falar que posso ser vítima de críticas violentas dessas maldi... Opa... dessas maravilhosas criaturinhas.

Quanto a fenomenologia não tenho nenhum ponto a levantar. Ela é perfeita. Diferente das mulh... ah, deixe quieto.

Haha, estou engraçadão hoje, não é?!
Ok, eu sei que não.

De qualquer forma, eu sou feliz. Ouço Blues, leio fenomenologia, estudo psicologia, bebo cerveja, gosto de olhar para o mar e apreciar qualquer coisa sem sentido para a maioria das pessoas, ora, sem motivo algum para reclamar!
E quanto toda aquela coisa que estava agressivamente discutindo no último post, sobre nada ter sentido, inclusive o sentido das coisas não ter sentido... Ora, isso é tão lindo!
Talvez tudo isso que me deixe feliz! Toda essa inexatidão da exatidão. Todo o 'não' que encontramos no 'sim'. Toda essa racionalidade na ignorância...

...e, ora, toda a felicidade na tristeza!

domingo, 1 de agosto de 2010

Vai viver OU não?

Ahh, diabo.
Hoje estou peculiarmente peculiar!
Podemos dizer que estou louco! Poderia passar o resto da minha vida assim.
Mas seria uma merda.
Poderia passar o resto da minha vida de qualquer jeito! Ora, acha que vou me matar?
Não, não, não, não darei o braço a torcer... Só por orgulho não faria isso!
E qual a importância disso? Nenhuma. Enfim...

Dias vão e vem e nada muda muito. Mas não sei até que ponto eu quero uma mudança.
Assim está bom ou não?

Ah, acabei de ler um texto num blog qualquer aí (e ae, Ludmila!!) falando da palavra e tal as paradas assim. Coisas do poder da palavra, que pode mudar muitas coisas, sentimentos, emoções, e mais coisas que não estou com saco para falar. Sim, sim, tudo por causa da merda da palavra. Está certo, ou como diria eu antigamente: bonito, bonito.
Eu vou me especificar um pouco mais do que a caríssima Ludmila. Vocês já perceberam a maldita força infernal e diabólica que a palavra "OU" tem?
São duas merdinhas de letras que - PÁ! - joga de um lado uma coisa e de outro o oposto, excluindo necessariamente uma das opções.
Isso que gera as confusões e loucuras e sentimentos peculiarmente peculiares e, e, e...

Ok, agora você me pergunta: Descoberto isso o que fazemos?
NADA!
"Melhor não fazer nada!"
"Viver a inércia!"
"Viva o Subsolo!"
"да здравствует подполье!!!"
Palavras de Dostoiévski, não minhas! (não sobre o assunto, obviamente)

Ok, nem temos o que fazer, meus caros! Agora deitem cada um suas respectivas cabeças nos respectivos travesseiros e durmam. Durmam com isso e com toda essa falta de sentindo no sentido da vida.

Desculpem se fui agressivo na escrita e na verdade eu não me importo. Do que adiantaria eu não ser agressivo e vocês saem daqui e só encontram agressividade?
Você aí está dizendo que sou muito negativista?
Está bem, meu caro amigo idiota. Recomendo que você viva.

Por hoje, adeus.

E aí, vai comentar OU não?