terça-feira, 19 de outubro de 2010

E agora?

Hm... E agora?
Preciso saber responder?
A resposta será realmente útil?
A resposta não será uma nova pergunta?
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Hoje pensei sobre o meu último texto: alguns chamaram de poesia.
Não importa como você chame, não posso deixar de criticar a enorme confusão que fiz.
Pode tudo aquilo ter ficado bonito, mostre para seus amigos se assim você pensa, mas eu devo criticá-lo.
Confundi, e peço desculpas pela confusão, a palavra "felicidade" com a palavra "equilíbrio".
O equilíbrio sim gera o tédio, a felicidade realmente não pode ser descrita e nem necessita descrições.
A literatura nunca conseguiu descrever a felicidade, mas já conseguir demonstrar como ela é.
Quanto ao equilíbrio, ele é estável. Estabilidade, sem mudanças.
Precisamos de um desequilíbrio, precisamos de instabilidades, incertezas, ou melhor, precisamos de dúvidas!
Precisamos chegar ao fim do dia, após pensar muito sobre determinada coisa e descobrir que não se chegou a conclusão alguma.
Precisamos chegar ao fim do dia e perguntar a nós mesmos: "E agora?".

Quanto a felicidade, não sei dizer se ela é realmente necessária a todo momento.
Precisamos de ambos: desequilíbrios bons, desequilíbrios terríveis.
Precisamos de sofrimentos, de felicidades.

Ora, antes de mais nada, precisamos acordar num sábado e não sabe exatamente o que fazer.
Pegar o carro e dirigir sem saber exatamente para onde.
Parar aonde você souber que tem um café. Sentar-se sozinho tomando aquele café amargo.
Sim, muito amargo, mas não mais amargo que a própria vida! 
E pensar na amargura da vida, não chegar a conclusões.
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Ora, realmente não faz sentido algum eu ficar listando tudo o que precisamos ou não precisamos.
Se vocês quiserem me criticar por estar generalizando, falando em 1ª pessoa do plural, critiquem-me.
Mas antes pensem que, se vocês não precisam disso, vocês vivem um equilíbrio, você talvez nem vivam!

Quanto a felicidade não tenho capacidade suficiente para julgar, vou deixar isso com Dostoiévski, o sábio, velho, e russo, que tanto admiro as idéias:

"Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?..."
(Dostoiévski, F. M. (1848) Noites Brancas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu não deveria estar feliz?

Ora, não deveria eu estar feliz?
Não está tudo como eu quis?
Talvez não...
Talvez esteja faltando uma...

NÃO! 
As coisas estão como eu quis.
Nada falta; nada excede.
Eu deveria estar feliz...

Mas não estou eu feliz?
Será isto a felicidade?
Será assim, tão sem graça?
Por isso que a literatura nunca soube descrevê-la?

Felicidade é não ter angústias?
Não ter medos?
Não ter dúvidas;
e não ter problemas?

Não, não quero isso.
Não quero ser feliz, se assim for!
Tragam minhas angústias novamente.

Eu sei que aqui elas estão.
Angústias vem e vão,
Todas em vão.

Carrego comigo qualquer outra angústia;
mas não me deixe assim, 
com a angústia de ser feliz.


M. H. Frote
14/10/2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

É tudo uma piada, no final todos riem!

Ora, ora, ora.
Conversando com amigo, sobre a vida, percebemos que tudo isso não passa de uma piada!
A piada mais engraçada que existe! E como demos risadas, cada um de suas piadas.
Depois um riu da piada do outro. E, assim, só rimos.

Geralmente se trata de uma piada forte, pesada.
Humor negro.
Ria de sua desgraça!
E piadas desgraçadas não são as melhores?

Nestes últimos dias passei por vários clímax da minha piada. Ri muito, posso garantir!
Poderia chorar, mas ri.
Poderia ser indiferente, mas ri, ri muito!
Deixe-me rir, deixe-me!

Deixe-me ser este idiota que sou!
A vida de idiota é "bela e sublime",
a vida de idiota é simplesmente idiota!
E o que fazer com isso senão rir?

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Ora, eis um trecho de algo incompleto que achei que valeria a pena transformar em versos, mas não sou o autor.
A autora, anônima, não quis assim. Achou ruim, vocês sabem, Síndrome de Gógol (estou inventando essa): a pessoa que escreve bem e resolve botar fogo no que escreveu.
Enfim, como não fósforos neste moderníssimo mundo digital, não houve fogo. E aqui está o trecho, sem alterações, original. Pensei em simplesmente roubar a idéia para mim, criar algo a mais.. mas não há como você inserir uma idéia já pronta em si mesmo, não seria capaz de assim fazer.
Chega de justificativas, se a autora quiser, ela se identificará.

"talvez eu tenha me limitado a ser apenas eu
sem interrogação para não me tornar uma dúvida
sem exclamações pra não demonstrar espanto ou admiração
sem vírgula porque eu não gosto de pausas 
e sem reticências porque eu um dia terei fim"