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A resposta não será uma nova pergunta?
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Hoje pensei sobre o meu último texto: alguns chamaram de poesia.
Não importa como você chame, não posso deixar de criticar a enorme confusão que fiz.
Pode tudo aquilo ter ficado bonito, mostre para seus amigos se assim você pensa, mas eu devo criticá-lo.
Confundi, e peço desculpas pela confusão, a palavra "felicidade" com a palavra "equilíbrio".
O equilíbrio sim gera o tédio, a felicidade realmente não pode ser descrita e nem necessita descrições.
A literatura nunca conseguiu descrever a felicidade, mas já conseguir demonstrar como ela é.
Quanto ao equilíbrio, ele é estável. Estabilidade, sem mudanças.
Precisamos de um desequilíbrio, precisamos de instabilidades, incertezas, ou melhor, precisamos de dúvidas!
Precisamos chegar ao fim do dia, após pensar muito sobre determinada coisa e descobrir que não se chegou a conclusão alguma.
Precisamos chegar ao fim do dia e perguntar a nós mesmos: "E agora?".
Quanto a felicidade, não sei dizer se ela é realmente necessária a todo momento.
Precisamos de ambos: desequilíbrios bons, desequilíbrios terríveis.
Precisamos de sofrimentos, de felicidades.
Ora, antes de mais nada, precisamos acordar num sábado e não sabe exatamente o que fazer.
Pegar o carro e dirigir sem saber exatamente para onde.
Parar aonde você souber que tem um café. Sentar-se sozinho tomando aquele café amargo.
Sim, muito amargo, mas não mais amargo que a própria vida!
E pensar na amargura da vida, não chegar a conclusões.
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Ora, realmente não faz sentido algum eu ficar listando tudo o que precisamos ou não precisamos.
Se vocês quiserem me criticar por estar generalizando, falando em 1ª pessoa do plural, critiquem-me.
Mas antes pensem que, se vocês não precisam disso, vocês vivem um equilíbrio, você talvez nem vivam!
Mas antes pensem que, se vocês não precisam disso, vocês vivem um equilíbrio, você talvez nem vivam!
Quanto a felicidade não tenho capacidade suficiente para julgar, vou deixar isso com Dostoiévski, o sábio, velho, e russo, que tanto admiro as idéias:
"Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?..."
(Dostoiévski, F. M. (1848) Noites Brancas.